quarta-feira, junho 09, 2010

Conas, coninhas e conas de sabão

Existe uma expressão que me agrada sobremaneira: CONAS. Calma! Nada de taradices! Não falo do calão na forma plural evocativo da genitália feminina. Na acepção que refiro trata-se do adjectivo que, na minha opinião, melhor define a classe política portuguesa. O «conas» caracteriza-se por uma invulgar instabilidade ao nível da concretização, de importantes empreendimentos ou medidas sempre que eles desagradem a terceiros (ou segundos, se for caso disso) e pela falta de virilidade política que, facilmente, o conduz a acertar agulhas por orientação de terceiros. O «conas» não dá murros na mesa, cede-a para não incomodar. O «conas» não levanta a voz, sussurra e/ou evita pronunciar-se. O «conas» não toma posições, escusa-se a comentar. O «conas» não tem opinião formada o que evita ter de mudá-la. Veste discreto é discreto e empenha-se discretamente.
A pergunta sepulcral é nasce-se «conas» ou fica-se «conas»? A alimentação interfere no processo? É ambiental ou genético? Será a educação do «conas» feita através do visionamento de séries como Dharma e Greg? Não dá para trocar pelos Sopranos ou a reposição do Polvo? O que lê o «conas»? Margarida Rebelo Pinto?
Começa-se por baixo, como «cona de sabão», sobe-se na hierarquia e passa-se a «coninhas» e, finalmente, como
lifetime achievement chega-se «a conas»? Em que lugar hierárquico da «conice» se encontrará a classe política portuguesa? Poderemos aspirar a um «conas» ou ainda só temos uns quantos «coninhas» e uma meia dúzia de «conas de sabão»? Na boa tradição lusitana de «fazer render o peixe» deveremos levar anos até ter um «conas» em condições, aquilo a que poderemos chamar, com orgulho, «um valente conas».
Talvez agora com as recentes ligações entre Durão Barroso e Bono se faça alguma luz e o processo se apresse. Conices!

Este texto achei na net, altamente e tinha de partilhar....hhahaah

Sem comentários: